quarta-feira, 28 de julho de 2010

SEIS AULAS DE GESTÃO ESTRATÉGICA

AULA 1

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando. A campainha DA porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz: – Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha!
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica Nua. Nestor então entrega a ela OS 3.000 reais prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.
- Ótimo! Ele lhe deu OS 3.000 reais que ele estava me devendo?

Conclusão: *Se você compartilha informações a tempo, você pode prevenir exposições desnecessárias*.


AULA 2

Um padre está dirigindo por uma estrada quando um vê uma freira em pé no acostamento. Ele para e oferece uma carona que a freira aceita. Ela entra no carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas. O padre se descontrola e quase bate com o carro. Depois de conseguir controlar o carro e evitar acidente ele não resiste e coloca a mão na perna da freira. A freira olha para ele e diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129!
O padre sem graça se desculpa:
- Desculpe Irmã, a carne é fraca…
E tira a mão DA perna DA freira. Mais uma vez a freira diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129!
Chegando ao seu destino a freira agradece e, com um sorriso enigmático, Desce do carro e entra no convento. Assim que chega à igreja o padre corre para as Escrituras para ler o Salmo 129, que diz: ‘ Vá em frente, persista, mais acima encontrarás a glória do paraíso’.

Conclusão: *Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, você pode perder excelentes oportunidades*.


AULA 3

Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Else esfregam a lâmpada e de dentro. Dela sai um gênio. O gênio diz:
- Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês!
- Eu primeiro, eu primeiro – Grita um dos funcionários… – Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida…
Pufff e ele foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
- Eu quero estar no Havaí, com o amor DA minha vida e um provimento interminável de pina coladas!
Puff, e ele se foi..
- Agora você – diz o gênio para o gerente.
- Eu quero aqueles dois de Volta ao escritório logo depois do almoço para uma reunião!

Conclusão: *Deixe sempre o seu chefe falar primeiro*.


AULA 4

Na África todas as manhãs o veadinho acorda sabendo que deverá conseguir correr mais do que o leão se quiser se manter vivo. Todas as manhãs o leão acorda sabendo que deverá correr mais que o veadinho se não quiser morrer de fome.

Conclusão: *Não faz diferença se você é veadinho ou leão, quando o Sol nascer você tem que começar a correr.*


AULA 5

Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta: – Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde:
- Claro, porque não?
O coelho senta no chão embaixo DA árvore e relaxa. De repente uma raposa aparece e come o coelho.

Conclusão: *Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar no topo *.


AULA 6

Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar pela lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando. Quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora.
O fazendeiro responde:
- Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!

Conclusão: *A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais rapidamente*

terça-feira, 27 de julho de 2010

Piadinha na rede...

Boteco do futuro – Muito Interesante

Um sujeito entra num boteco novinho, todo hi-tech, e pede uma bebidinha.

O barman é um robô, que serve um cocktail perfeito e pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem responde:

- Uns 150.

Então o robô inicia uma conversa sobre aquecimento global,
espiritualidade universal, física quântica, interdependência
ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia, e por aí afora….

O cara ficou impressionado, e resolveu testar o robô.

Saiu,…. deu uma volta e retornou ao balcão.

Novamente o robô pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem responde:

- Deve ser uns 100.

Imediatamente o robô lhe serve um uisquinho e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas,corpo de mulher, e outros assuntos semelhantes………….

O sujeito ficou abismado.

Sai do bar,…. para pensar…. e resolve voltar e fazer mais um teste.

Novamente o robô lhe faz a pergunta:

- Qual é o seu QI?

O homem dá uma disfarçada e responde:

- Uns 20, eu acho!!!!!

Então o robô lhe serve uma cachaça, se inclina no balcão e diz pausadamente:

- E aí mano,…… vamu votá no Lula de novo??????

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Palmadas estatais - Imprescindível reproduzir...

Artigo de Sandro Vaia

Não sabemos nos comportar e tampouco sabemos como cuidar dos nossos flhos.Para sorte nossa, o Estado pai, mãe, provedor, empresário, indutor,educador, fiscal, guia e farol dos nossos dias, se dispõe a cuidar de mais essa lacuna do nosso caráter.

O presidente Lula encaminhou ao Congresso um projeto de lei que proíbe maus tratos dos pais contra as crianças, inclusive o prosaico tapinha na bunda, porque ele, como emérito educador que é, sabe, como quase todo governante moderno, como somos incapazes de lidar com as nossas próprias responsabildades, tanto paternas como cívicas.Sem o olhar protetor do Estado, sabe Deus que tipo de iniqüidades seríamos capazes de cometer.

Outro dia, comentando esse assunto no twitter, o jornalista Antero Greco, companheiro de muitos anos de trabalho e de muitas sagas de sofrimentos palmeirenses, escrevia: “Minha mãe dizia: ‘Mazze e panelle fanno i figli belli’. Levei palmadas, tive carinho, fui bem alimentado, sem traumas”.

Sabedoria simples e vital da senhora napolitana.Sabedoria caseira coberta por poeira de séculos, um tesouro a ser preservado num reduto íntimo, espaço onde as relações humanas ainda fazem prevalecer o desígnio da ação individual sobre a barbárie coletivista que a paranoia da correção política quer impor à força sobre as consciências.

Brinquei no twitter dizendo que só faltava agora o governo criar uma “Criançobrás”, empregando alguns milhares de fiscais de palmadas-na-bunda, e fui logo admoestado por um desses cretinos fundamentais que enriquecem a blogosfera com a profunda sutileza de seu pensamento: “Quer dizer que você é a favor do espancamento de menores ?”. Vejam até onde a idiotia pode chegar.

Não sou a favor do espancamento nem de menores nem de maiores,mas eu perderia meu tempo tentando explicar isso ao cretino fundamental? Teria que contar até que já existem leis que punem agressões físicas, indistintamente, seja contra crianças, seja contra adultos, e que elas são suficientemente abrangentes para punir até as palmadas na bunda dos filhos.Não precisamos de mais leis, precisamos que se cumpram as que já existem.

Não precisamos de tutores, nem de comportamento nem de consciência. Não precisamos que nos digam como devemos criar nossos filhos,nem quais jornais podemos ler, nem quais programas de TV podemos ver, nem o que podemos comer ou beber, e nem quando e onde podemos fumar, desde que não desrespeitemos os direitos do próximo.

Ficaríamos muito gratos se o Estado conseguisse cumprir com o mínimo de suas tarefas básicas, como cuidar da infra-estrutura do País, assegurar oportunidades iguais para todos, investir o dinheiro dos impostos em serviços de saúde e educação decentes.

Essa persistente e minuciosa necessidade de intervir na vida dos outros é um dos traços mais incômodos do vagalhão estatista que avança pelo mundo afora.Aqui no Brasil atinge um grau mais agudamente intolerável na medida em que toda ingerência vem apresentada como um ato de bondade de governantes cheios de boas intenções e que não conseguem dormir à noite se não gastarem o seu dia produzindo o bem e distribuindo-o para todos.

Estatizar as relações familiares é mais um passo no processo de substituição da responsabilidade individual pela idiotização coletiva.



Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.. E.mail: svaia@uol.com.br

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Ai, ai que saudade eu tenho do Scolari"...

Obs.: a musica é "Ai que saudade eu tenho da Bahia",
que todos sabem. Divirtam-se.

Ai, Ai que saudade eu tenho do Scolari
Ai, de laranjada e de holandês, nem fale,
Ai, a Argentina tomou 4 a zero,
Volto pra casa, choro e desespero,
E o Dunga vem com o velho lero-lero...

Ai, se Deus me desse a chance de um pedido,
Ai, volto no tempo e busco um velho amigo
Ai, de futebol, conhece, não se engana,
Não treinou time só porque tem fama
Meu coração pede o Telê Santana...

Ponha-se no meu lugar,
Só quero o brasileiro um cara mais feliz,
Gritando pra desabafar,
Dizendo pro Teixeira o que ninguém mais diz...

Aí, acorda pra situação,
E ache um treinador que tenha inspiração,
Ganhar sem convencer, ou sem querer se ganha,
Quem já nasceu Zagalo, não vai ser Saldanha...

(De novo)
Ai, Ai que saudade eu tenho do Scolari
Ai, de laranjada e de holandês, nem fale,
Ai, a Argentina tomou 4 a zero,
Volto pra casa, choro e desespero,
E o Dunga vem com o velho lero-lero...

Ai, se Deus me desse a chance de um pedido,
Ai, volto no tempo e busco um velho amigo
Ai, de futebol, conhece, não se engana,
Não treinou time só porque tem fama
Meu coração pede o Telê Santana...

Ponha-se no meu lugar,
Só quero o brasileiro um cara mais feliz,
Gritando pra desabafar,
Dizendo pro Teixeira o que ninguém mais diz...

Acorda pra situação,
E ache um treinador que tenha inspiração,
Ganhar sem convencer, ou sem querer se ganha,
Quem já nasceu Zagalo, não vai ser Saldanha...
Quem já nasceu Parreira, não vai ser Santana...
Morreu a Era Dunga, nasceu Era Espanha...
O torcedor do Dunga, fala à castelhana,
O Dunga é paraguaio, e pensa que me engana,
Dunga e Maradona, vão mudar pra Gana,
Ou bota logo os dois só pra fazer picanha,
E traz o meu pedido, não se esquece a cana,
Quem nasceu Parreira, não vai ser Santana...
O torcedor do Dunga, fala à castelhana
Não deu pro Brasil, mas ainda deu pra Espanha...
E se ela não ganhasse, eu ia de Alemanha...
O LULA foi quem disse : a Copa já tá ganha,
Dunga e Dilma junto, é coisa muito estranha,
Perde a Copa o Dunga, e a Dilma esta campanha.
O LULA foi quem disse : a Copa já tá ganha..

terça-feira, 6 de julho de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

Fumec Me, Fumec You...

...e o largo manto betuminoso se estreita
Qual fio de Cobre...
Logo, muralhas de aço e concreto
Invadem a contaminada paisagem
Por todos os lados onde a vista se faz...
Enfileirados de carros e motos
Bafando gás quente, queimando pulmões
Na selva insensivel que expande e se infiltra,
Labirinta o pretenso umbral do saber...

Fumec me...

Fantasias pensadas, prensadas em subidas,
Nas caixas metálicas que correm veias estreitas
Pra baixo e pra cima
Arrastando carreiras,
Frustrando alguns sonhos que vem nessas vias...
Café, copo plástico queimando nas mãos,
Sentados, em pé, fugindo do tempo
Das artes escritas, twitadas no cel
Das Baladas da noite armadas
Nas provas sedentas de amargo poder de poder...

Fumec you...

Sinto meu rosto queimando meus dedos,
E penso no sol, escondido nos arcos, nas vigas.
Procuro o abraço do azul com o rosa,
Procuro a lágrima vertida nos dias perdidos,
Nos segredos que deixam pegadas na mente....
Horário é horário, senhor..
E o patrão é relógio que vive adiantado,
Talvez seja tarde demais, eu não chego...
Piedade, eu xeroco depois...
Mas será que este fim satisfez o docente?
Decerto que não,
Tal impor não traz paz...
Nem é certo, contenta esta sede, qual água de mar...
O que o mestre não mostra é o que vai te matar...

Fumec you...

Calor. Me ferve o calor...
Que traz a emoção, o transtorno, a certeza,
Traz escadas, as salas, o muro cinzento,
O jardim de semblantes, o sentir-se fetal...

Fumec me...

Desisto. O atropelo está perto e eu sucumbo, é fatal...
O incerto conjura, não me posso conter,
Corredores, finais...é meu fim...
E o concreto emoldura e me
Cobra em enredo o ensino final :
“Nem todo saber nos salvará do tédio...”

Fumec Me, Fumec You...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Classificação no concurso dos Microcontos realizado pelo Blog do Noblat e Academia Brasileira de Letras


















Enviado por Ricardo Noblat - 6.5.2010 15h30m
Concurso de Microcontos promovido pelo twitter deste blog:


O Blog do Noblat recebeu 2.223 microcontos.
Foram 522 os pré-classificados e 55 os semi-finalistas.
Ontem, 5 de maio, na Sala da Presidência da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, foram escolhidos os 10 finalistas.

Fizeram parte da Comissão Julgadora que aparece na foto acima:

Marcos Vinicios Vilaça, pernambucano, presidente da Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira 26. Eleito como membro da ABL em 1985, tomou posse como presidente da Academia em 15 de dezembro de 2005, novamente em 2006 e em 2009. É membro da Academia Pernambucana de Letras (Cadeira 35) e da Academia Brasiliense de Letras (Cadeira 1). Bacharel e Mestre em Direito, professor, conferencista, escritor.

Cora Tausz Rónai, carioca, jornalista, pioneira do jornalismo de tecnologia, usuária de computador pessoal desde 1986, primeira jornalista brasileira a criar um blog, o internETC. e primeira a dedicar-se à fotografia digital. Trabalha em O Globo desde 1991. Recebeu o Prêmio Comunique-se de Melhor Jornalista de Informática em 2004 e em 2006. Escritora e “tuiteira”.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, paulista, professora primária, professora de francês e de inglês, tradutora, usuária de PC desde 1989, articulista e colaboradora do Blog do Noblat desde 2005 e blogueira desde 2009.
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O autor do microconto premiado recebeu um iPod com uma seleção das músicas que tocam na Estação Jazz e Tal

Os 10 microcontos foram publicados também na edição da Revista Digital, de O Globo, na coluna de Cora Rónai.

Subitamente, teve certeza: no futuro, se escrevessem sobre ele, teriam dificuldades para atingir os 140 caracteres exigidos pelo twitter.
Ananias José de Freitas

Em ordem alfabética pelo nome do autor, os outros nove microcontos escolhidos pelo júri:

Revelou, no leito de morte, o segredo de uma vida. Não chegou a saber que havia entendido errado.
Elton Colini

O gato saiu em disparada. A ratoeira acaba de cumprir sua missão.
Elza Ramirez
Foi o raio de uma tempestade em copo d’água que o matou.
Felipe Cerquize

Cinco. Todos os dias, às cinco, ela se posta no portão, com o bilhete amarelado nas mãos. “Mãe, fui ao mercado. Volto às cinco”.
Luanna Azzarito

No primeiro jantar de viúvo, só fez olhar o prato. A memória que emanava da louça antiga foi seu único alimento.
Marcos A. Kohler

Abrindo as pernas, ela abriu todas as portas.
Paulo Maurillio Pereira

Conferiu um a um os números da mega sena. Levou um susto. Acertou todos. 30 milhões. Devia ter jogado.
Rodrigo Guimarães Pena

Olhos curiosos passeavam pelo livro, linha a linha, palavra por palavra, letra a letra. Deliciava-se, mas entristecia. Queria saber ler.
Valéria dos Santos Araújo

Chá de cavalos marinhos, a receita da avó para asma. O menino disfarçava, para que o Unicórnio não descobrisse o que lhe ia na xícara.
Viviane Burger
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domingo, 4 de abril de 2010

Bente-Altas

Você lembra, menino,
Da bolinha de gude,
Da finca na terra,
Do caçar com Bodoque
O passarinho na Serra...

Se lembra menino
Da bolinha de meia,
Da casinha, da pá,
Jogou bola,
Eu chutei,
Quem jogou
Vai pegar...

Licença-pra-2,
meu tempo se foi,
Pra sempre se esconde
bem pra lá do depois...

Peço, volta menino,
Me faz ser a toa,
Me lembra o caminho,
No tempo que voa..

Bente-altas,
Licença-pra-2,
A saudade maltrata,
Só se vê bem depois...

O menino se foi,
mas ficou sua voz,
A gritar, a gritar :
"Bente-altas,
Licença-pra-2",
(Acabadas pra nós...)

Acorda menino
Vem ver o que sou
Sou a vida vivida,
A promessa de amor,

Meu menino, tem dó
Me ajuda a lembrar
Desate este nó
Que não deixa eu gritar

Outra vez: Bente-altas,
Traz bola de meia
Traz casinha, outra pá...
Minha vida precisa
Licença pra amar...

No meu sonho faz falta:
O sonhar "Bente-altas,
Licença-pra-2"...

Tão perdido na Idade
É maldita a saudade,
Só se vê bem depois..

sábado, 3 de abril de 2010

O Padre e os Argentinos

Numa época que se fala tanto de padres, coloco este video para amenizar um pouco as relações comunitárias.

Você...

Meu jardim te acolheu...
Germinada, a semente brotou,
E se abriu entre espinhos,
Me senti primavera no amor,

Espalhando consigo a beleza,
O esplendor...

Quero-me seu...
Oh! paisagem de céu matinal
Verdejante de campos tranqüilos
Se enfeitando de mar de coral,
Ou moldando-se a mim por igual.

Veio a mim,
Hoje eu sei,
Minha flor,
Floreceu...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Golpe de 64

Hoje faz 46 anos do Golpe de 64, ou Revolução, como querem alguns poucos - e cada vez mais, poucos .

Há 46 anos me levantei e fui tomar café. Eram 6:00hs da manhã.
Meu pai já tinha se levantado.
Estranhei, pois não tinha o costume de encontrá-lo quando acordava. Ele saia mais cedo. Tinha que ir para a loja, arrumar balcões e preparar tudo para abrir às 7:00.

- Hoje voce não precisa ir a aula... pode voltar pra cama, me disse com uma cara de preocupado.
Ôbaaaa!!! pensei eu e caí na cama de novo.
Dormi até as 10:00hs.

Papai continuava em casa.
Desta vez com o ouvido colado em um radinho de pilha.
Peguei meu carrinho de rolimã e corri pra rua.
Estava um dia ótimo para descer a California.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Diferenças dos cerebros masculino e feminino

Excelente !!

Mutatis & Mutantes

Os Mutantes / Arnaldo


O dia se fez com aquele céu limpo, tão comum nos dias de abril. Poucas nuvens, esparsas.
Depois de um copo de café puro, bem forte, traçado com 8 gotas de veneno doce, acordei, de fato.

-“Querido, (quando minha mulher me chama de querido em pleno acordar, e num domingo, tem coisa...)
hoje é o batizado da filha da Ana. Vai ser lá naquela Igrejinha da avenida Carandaí, lembra dela, não é “
...e passa rapidamente com o rosto todo empapado de cremes e com o secador na mão, rumo ao banheiro.
-“Batizado ? domingo ? de manhã? E eu com isso? perguntei com ares de pouco interesse...
-Vai ser coisa rápida, poucas pessoas e... ela é tão boazinha... ela e o Mário...lembra dele, não é? Eu comprei um presentinho pro nênem e queria que você ...vruuuuuuummmmmmm , ligou o secador e não escutei mais nada.

Temporona. Casamento de velho. Ela já passou dos 45, apesar de tentar fazer tipo menos de 40, e ele dos 55, com um jeitinho de mais de 60.
Tentaram muito ter um filho, e veio a neta, depois de 3 tipos de tratamentos, rezas e outras macumbas. Conseguiram, finalmente.

... vruuuuummmm ...e não vai demorar nada. Eu mandei passar aquela camisa com listas, aquela que te põe mais magro... ta pendurada aí perto dos ternos, terminou minha mulher.
10 horas. Estamos nós no batizado.
Uma igrejinha simpática, pequena, mas aconchegante, sem luxo.
Por ficar próximo ao centro de Belo Horizonte, é pouso de todo tipo de pessoas, sem-teto, sem-dinheiro, sem-assunto, sem-chance na vida...
Era a Igreja-dos-Sem.
Principalmente depois que indaguei minha mulher o porquê de se fazer o batizado lá.
-O padre é amigo de uma amiga e se dispôs a batizar a menina, filha de casal que não casou na Igreja e por isto não fez o tal cursinho pra batizar.
Em suma, mais gente para a turma dos “Sem”, os Sem-casamento, os Sem-curso-de-padrinho, e os novos Sem-benção-da-igreja.
Havia mais dois casais com filhos pra batizar, todos munidos de avôs e avós, tios e tias e, naturalmente, todos associados à turma dos “Sem” na Igreja-dos-Sem.
Zuuuuuuuuuummmm....conversa era discreta, tom baixo, como condiz ao lugar.
Todos na espera pelo padre.
Nos instalamos mais ao fundo, o que numa Igreja pequena é dizer pouco.
Umas 15 fileiras de bancos, somente.
Um rápido giro de olhar e reparo em uma pessoa sentada a umas 5 fileiras à frente.
-“Conheço aquele cara, falei pra minha mulher. Não sei de onde, mas conheço.”
-“Claro que conhece, ironizou minha mulher, ”é o Arnaldo, dos Mutantes.”
-“Arnaldo, dos Mutantes? Tá brincando?”
-“Claro que não. Ele mora lá no Morro do Chapéu, com a Fulana, amiga da Ana.”
Esqueci o batizado.
Fiquei só olhando o cara.
Franzino, meio careca, olhar de menino espantado, reparando em tudo, como se tudo fosse novo pra ele.
Levantei e cochichei pra minha mulher.
-“Vamos sentar mais perto dele.”, ..

Bicho, o Arnaldo dos Mutantes, meu. Mutantes, Rita Lee, meus 14/20 anos, “ dizem que sou louco - pra onde eu vou, venha também – hoje eu vou sair de casa vou.”...
Voltei lá trás, em 66/71. Discos de vinil, long play dos Mutantes, festivais, shows dos Mutantes, viajei em pleno batizado.
E com isto ele realmente foi muito rápido, como previra minha mulher, e eu fiquei com o Arnaldo na cabeça.
Na saída, todo mundo a cumprimentar o casal e elogiando a menina.
Eu também, mas vigiando o Arnaldo.
-“Eu vou falar com ele, falei com minha mulher.”
-“Que besteira, deixa de bobagem, deixa ele em paz.”
-“Não, eu vou lá.” E fui.

Tenho 1,84 e peso mais de 120kg. Sou literalmente, dois Arnaldo.
Bati em seu ombro. Ele se virou e me olhou, botou a mão no rosto pra ver melhor, pois teve que olhar para cima e o sol veio direto em seus olhos.
O olhar dele era amigável, de gente conhecida, manso, aquele olhar que agente tem depois de tomar umas, risonho, desprevenido.
-“Arnaldo, me desculpe o assédio, o atrevimento, mas eu tive que vir falar com você.” Ele balbuciou alguma coisa que eu não entendi, e eu continuei:
-“Bicho, você é o Arnaldo dos Mutantes, não é mesmo?”
-“Sou, mas... mas eu te conheço?” Falou com voz mansa...
-“Não bicho, eu sou somente um de seus milhares ou milhões de fans, parados no tempo”.
Ele continuava a me olhar curioso. Ensaiou um riso de quem reconhece um quase parente.
Parente, era o que eu me considerava daquele cara. Eu conhecia quase tudo deles.
-“Bicho, se você tiver me achando meio sacal, meio bobão, pô, me perdoe por isto”...
-“De jeito nenhum”, ficou sério, “você é que me desculpe, pois não tenho mais o costume de ser abordado assim e as vezes posso cometer alguma indelicadeza”...
-“Indelicadeza, jamais, de jeito algum, você não conseguiria.
O Arnaldo de que me lembro nunca faria isto. É ídolo, é músico, é um Mutante, é a única banda brasileira listada na Bilboard e reconhecida mundialmente...”

Ele tentou falar mas minha ansiedade era muita e eu soltei o verbo:
-“Olha, eu sei que você deve ter coisa pra fazer, me desculpe novamente”, insisti, “mas eu queria deixar registrado uma coisa pra você: nesta vida nos lutamos pra ser alguém e isto significa, fazer diferença na vida de pessoas que nos cercam, dos que nos são próximos, nossos filhos, amigos, conhecidos, uma pequena que seja, mas uma diferença que seja boa, construtiva, amiga, para que eles gostem de nós. No fundo é uma troca. E nós, inconscientemente, precisamos disto. Nos alimenta. Normalmente conseguimos um pouco com nossos filhos, esposa, amigos, em um número relativamente pequeno de pessoas. A grande maioria se dá por satisfeita se conseguir isto. Mas você, você fez diferença em uma geração de jovens, uma geração inteira...quantos? 5 milhões, 10 milhões, 20 milhões de pessoas jovens que tiveram Mutantes, Arnaldo e Cia em sua vida e os levam por sua vida, e passam para seus filhos, e que toda vez que ouvem alguma música que vocês tocaram pra nós, naquele tempo, nos faz voltar ao melhor tempo da vida de qualquer ser humano, a adolescência, onde se vive de emoções e para elas e elas estão afloradas, vivas, expostas, e sendo sentidas em sua plenitude, em sua total potencialidade. Vocês fizeram isto com estas pessoas. Como você se sente, como é pensar sobre isto, conviver com isto?”
Disse isto tudo a ele, numa tacada só e olhando em seus olhos.
Vi que ao final do meu “discurso” seus olhos estavam molhados, quase lacrimejando, seu rosto suava, suas mãos tinham um leve tremor....
Ele engasgou ao tentar falar... não saiu nada.
Me deu um abraço apertado, depois passou a camisa de manga comprida nos dois olhos, me olhou e sussurrou : “Obrigado..”.
Virou de costas e não olhou para trás.
Com os olhos minados de lagrimas, respondi :
- Obrigado a você....
A mão de minha mulher puxou meu braço:
-Vamos...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um pouco de 68

Quem viveu, vai lembrar...

Quem não viveu, imagine...

Nossos nós


Foi a noite mais longa e mais fria,
Que a madrugada gelada acolheu.
Quase o dia negou-se a nascer,
Ao rever minha vida vazia...

O amor que era tudo, não foi...
Duas promessas, acesas a dois,
...e a chama perdeu seu calor,
As promessas...estas
Veio o vento ... as levou.

Resta agora, em seguida,
Desatar todos nós,
Nós atados a sós,
Que nos deram razão, uma vida...

Nos proviam suporte,
Sem pensar em má sorte
Ou prever rompimento
Do amor,
Sentimento consorte(?)...

Não há mais saída,
Promessas, se faz e se fia,
Estes nós nos ataram, e
Prometeram tão caro,
Promessas demais para um dia.

Não vou dar passo atrás,
Não me sinto capaz,
De querer, de te amar,
De morrer por você, por um fim,
Como disse fazer...

Já não quero fazer,
Já não posso...
Acabou.
Era amor,
Era nosso,
Morreu antes de mim.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sô Afonso... meu pai.


Hoje, 23 de janeiro meu pai faria 85 anos... Mas quis a vida que ele nos deixasse mais cedo, aos 77 anos, numa manhã de 17 de abril de 2002.

Até hoje eu me esforço para assimilar o que era meu pai para mim. Me pego pensando nele, na sua vida, na nossa vida. Fico buscando coisas fora de mim, no relacionamento, nas nossas discussões, conversas, risos...

E aos poucos, para minha surpresa, vou descobrindo ele dentro de mim, em gestos iguais aos dele que faço sem me dar conta, em situações com meus filhos, em procedimentos pequenos, e penso, cada vez mais, que ele nunca saiu de mim...

Escrevi esta poesia para homenageá-lo, descrevendo um momento que significou muito em nossas vidas.



Sô AFONSO,
do Brumado

(Ou, como a amizade e a solidariedade fazem diferença e deixam recordações em todos que são atingidos por elas)


Transcrito (do jeito que deveria ter sido falado pelo seu velho e grande amigo Arcilino) em 09/03/2007, em dia de homenagem em Brumado de Pitangui, por ocasião da inauguração do Centro Cultural de Brumado, que recebeu o seu nome, e na passagem dos 5 anos de seu falecimento.
Arcelino, coitado, morreu dias antes do evento...
Dizem que foi de emoção...

Ao meu pai, um visionário, com idéias de mudar o mundo,
mas sobrou pra ele, carregá-lo nas costas,
a vida toda....



“ Meus amigo,
Ôcêis num se alembra,
Proquê ocêis tudo é mucho novo...

Mai, foi num 23 de janêro
De mili-novicento-e-vinte-cinco.

Dia assim cumo otro carqué,
Pregunta ao povo intêro...

Dia de trabaiá,
De fazê bico...

Mas num pensava assim
O Cumpadre Chico....

Pra ele, era ispeciár o dia.
Dia de cruzá os dêdo,
Daquêis de fazê vigia...

Lá de dento
Da mudesta moradia,
Vinha uns grito arto.
Arguém gemia...

Maria Rémunda, sua muié,
Cumpanhêra de luta e fé,
Num insforço derradêro,
(tá certo, qui foi num berrêro),
Mas sem ajuda dinfermêra,
Pariu com dor,
De vezada,
Depositando a barrigada,
Nos braço da fiér Parteira,

(Óia, Que pelejou com muito afinco...
Deus-do-Céu,
Que trabaiêra!!)

Mais um,
Pensô o Chico.
Do seus fio, o quinto.
Na cama,
O risurtado inda chorava,
Quando o Chico,
Inrepentino,
Adentrou os quarto,
In-pranto:
Mas deu um sunriso largo,
Ao vê quiera menino:
-Vai se achamá Afonso Arino...
Afonso Arino da Rocha Pena,
Cumpretô de supetã,
Assustando as cumadre
Que tava ali
Assistino a pariçã,

E deu pro resurvido
O pobrema.

...e de noite,
Lá no bar do Zé Muchiba,
Sem ligá pros das intriga,
Nem pros sordado da guarnição,
Bebeu tudo e gritou arto,
Pra alertar os bando de frouxo
Que pudéss aparincê na região:

-É Fio-home, cabra-macho, do saco-rôcho...
E fez questão
De dá pros santo,
Moiada da mió cachaça comprada,
Nas banda do riberão

-Que é pra assegurar distino, falô...

E tomô o resto da branca
De arrancada...

Forte e branquélo,
Era o rebento.
Ôio azur,
Risadatôa...
Apesar dum pôco resmunguento,
Mamou logo nos petcho.
Vida danada de boa.

E por pôco,
Já corria, brincava,
Fazia lambança,
No quintár ou casa adento...
Alegria da vizinhança,
Na piquena Sete Lagôa.

Lá ele cresceu
E instudô...
Até que a famia siamudô
Pra capitár,
(pra ser dôtô, uai!!)

Mas a vida trocô sorte,
E o moço arto e forte,
Gostava mesmo é dinsporte...

Êita,
Do Brasquet ô Volibór...
Jugava cum chuva ô sór,
Jugava quaisque o dia intêro,
Cunquistando inté campeonato.
Campeão Menêro?
Foi quatro.
E tumém foi Brasilêro,
Cumo Ténico e jugador.

Até que lá pelos ido de 49-50,
Foi chamado,
Veja só:
Pra ténico da
Seleçã Feminina
de Volibór.
Ah! Com a garra que Deus deu,
E talento
- nunca vi tanto
Juntô ca fama
- que mereceu-,
E foi disaguar,
Tumá assento,
Cumo ténico de volibór
Du time feminino
Dus Santo,
Santo du Pelé,
(ôceis sabem quem é, né?)

Pro lá ficou uns dois ano..
Inté que a Dona Marelena,
Que passô
Dus Gonçarve pra Pena,
Insposa que era,
Intonce,
Deu sinár de gestaçã...

Diacho !!!
Parlista não, pensô,
Menêro, uai...

-Vamos tratá de pegá os avião, muié...
E de Santo ele pega e sai..

Seadespediur sem fazê cena e
Vortô pro Belorzonte...

...e insperô o fio nascer...

Que nome dá pu menino?

Pensô num monte:
Pedro, Benedito, Getuio...
Ô quim sabe, Juscelino?
Vicente Celestino ?
Era muito baruio...

E tudo mundo invórta
assugeria:
-Põe Francisco,
não, não,
-Põe Zé Maria...

Achei!! pensô cunsigo,
Vai se achamá Rudrigo”,
Ele tema.

E quando viu os parente
Misturando os Jão com José,

Saiu caladinho, deu no pé,
Registrô, cum letra de carta,
No Cartório da Comarca
O nome que tinha fé.

Primeiro da lista, pensô....
Outros envém mais:
-Enquanto eu for capaiz...
Falô firme com o sôgro.

Mas, com sembrante preocupado,
Pruquê tava disimpregado,
-Eu princiso trabaiá, sô...

Sô Juquita, sôgro bacana,
Resorveu, bem na semana:
-Num si apreocupe,
Já tá arrumado:

-Ôcê, Afonso, vai ser Gerente
Lá de uma fabrica do Brumado....

E pro Brumado, o Afonso veio.
Brumado do Pitangui,
Soube adispois por outros meio...

Terra boa, hospitalêra,
Gente humirde, trabaiadêra,

Acoieu êle de forma intêra...
Virou mimo do lugar.

E foi aqui,
Bem neste chão,
Nesta parte da ribêra,
Margiando o rio São João,
Que fez famia,
Fez um lar.

Amigo, intonce, nem se fala...

Cum seu trato caridoso,
Preocupado cum tudo povo,
Ajudava carqué um de carqué jeito,

...e se não desse,
Ia ao Prefeito!!!
Ah!!! Era homem que
Não se cala, sô!!

E enquanto não risurvia,
Num rédava pé da sala,
Fosse noite, fosse dia...

Logo carreou respeito.

E tem mais:
Era amigo leal, dos petcho,
E dos carqué que se apartô,
Num carecia ser letrado,
Pobre ou trabaiador,
Pôco importava...

Digo aôceis qui nem ôiava.

Era ajuda? Pricisão?
Era na hora...ajudava.

Com ele num tinha “nhenhenhe” ou
“Vórta adispois”...

Naum sinhô,
Naum sinhô...

Tava ali ó,
Era o que precisava...

Inté conseio de casório dava.

E num instantinho passado,
De Afonso Arino, Sinhô,
Passou a ser cunhicido e chamado,
Sô Afonso,
Sô Afonso do Brumado.

Pelos empregado da fábrica,
Pelos colega da pescaria
Pelos amigo da cerveja
E inté pros da folia...

Deles, falava muito...ele ria...
-Ah! Tem um tanto, dizia.
Tem o Batista, o Duduca, Dico, o Jair,
O Mozart, Zé Chaves, o Zé Bibi,
Sem esquecê dum amigão, o Arcilino...
(é o véio aqui... me adiscurpe a imocã...)

E pra não incorrer em pecado divino,
Do bondoso e sempre caridoso Padre Guerino.

Peço adiscurpa aos fartante,
Pois a mimória não vai adiante,

Mais sei que tem mais, mutcho mais...
Os amigo tudo, ispiciais...

Gente que se quer tê do lado,
Pras hora da guerra e da paz...

Gente do quilate dum Tasso,
Cabra-macho, cabra-de-aço,
Daquêis que
Quando se pede u‘a mão,
Já vem logo um braço.

E a famia continuô a crescê.

Nasceu u´a menina, a Patríça,
E dois ano adispois,
Otro menino, o Bráulo,

Os dois alegre,
Cum muintcha saúde.

Pro Rudrigo foi diliça,
Uns irmãozin prêle brincá.
Mudô parte da rotina
Que sua vida piquenina
Se encantava de levar.

E pra ajudá Dona Marelena,
Veio a Alice,
Ainda muito pequena,
-Uns doze ano,
Adispois ela mema me adisse,
Mai duma esperteza só,
Parecia inté muié maió...

Veio pra ajudá a tumá conta,
Brincá cum as criança,
Tava sempre pronta...

Otra lasca de tempo, e
Mais uma fia se amostrô,
Deu sinár de nascimento:
-Essa num demora,
Falô Dona Marelena,
Arrumando logo a cama,
Pra esperada menina-Luciana.

Aqui eles tiveram do bom
E do mió.

De manhã, veja só,
Fornada de pão quentin
Com leite frisquin,
Tirado no próprio quintár,
Da vaquinha mais mansinha
Arrumada pelo pessoár...

Fruta, verdura de horta,
Tudo os vizinho culia,
E lembrava, oferecia na porta...
Era coisa natural
Quais tudus dia...

Mas é sabido, mundo afora,
Que o destino num faia: tem hora...

E adispois de tanto tempo,
Morando e vivendo filiz no Brumado
Sô Afonso, foi convocado,
Prum sirviço demarcado...

Num me alembro bem no momento,
Mai era lá na Capitár do Estado.

Assumi uma tár de promoçã...
Recompensa dos serviço bâo,
Prestados nesta terra do Brumado.

Ah!! Nessa hora pesô a dor do
Afastamento...

Dos amigo,
Dos colega de trabaio,
Inté dos jogos de baraio
Ou das festa de casamento.

Nos seus ombro, caiu o mundo..
Coitado ...

E foi cum sufrida imoçã,
Cum os pensamento in
Jisus Crist, NosSinhô,
(in-nomi-du-pai-du-fio-du-insprito-santo)
Sinhô da Terra, do Mar e do Cér profundo,
Que avisou pra tudo mundo,
Da decisã:

Ôiô pros lado,
Meio sem jeito, e contô...

Mas prumeteu logo vortá,
Se cunvidado fosse, é craro:
Cunvite logo feito, né memo?

Pro quê tudo mundo já sintiam
Sardade,
Ao dispedi e abraçá o amigo,
De grande instimação,

Que foi imbora, partiu,
Siguiu camin...

E com ele levô,
Ah!! eu garantcho,
De cada um que ficô,
Mais que abraço de amigo,
A sôdade do irmão...

Mas sei tumém
Que aqui ele deixô,
Além das lágrima do pranto,
As coisa que de mió ele tinha
E que Deus ponhô no seu coração...”

Brigado e
Deus ajudi ôcêis,
Nossinhô, abençôa ôcêis tudo...
Tá bão?

Inté. ”

O PRINCÍPIO 90/10

Que princípio é este?
Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.
O que isto quer dizer?
Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas você é quem determinará os outros 90%...
Como? Com sua reação.

Exemplo:
Você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação.
Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa... E tem prosseguimento uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai pro trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu de sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso pro dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.
Por quê?
Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.
Pense: por quê seu dia foi péssimo?
A. Por causa do café?
B. Por causa de sua filha?
C. Por causa de sua esposa?
D. Por causa da multa de trânsito?
E. Por sua causa?

A resposta correta é a E.
Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 min. Foi o que deixou seu dia ruim.

O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado". Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão.

Notou a diferença?
Duas situações iguais, que terminam muito diferentes.
Por quê?
Porque os outros 90% são determinados por sua reação.

Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10.
Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afetem. Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado. Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder o emprego? Por quê perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcionará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por quê manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Estressar-se só piora as coisas.

Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o.
Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo.
Milhares de pessoas estão sofrendo de um stress que não vale a pena, sofrimentos, problemas e dores de cabeça. Todos devemos conhecer e praticar o Princípio 90/10.
Pode mudar a sua vida!