Após ter completado mais de meio século de vida, e se aproximando rapidamente dos 60, carregando um coração enfartado no ramo esquerdo, sem que eu perceba, começo a ficar mais pensativo e analítico sobre temas que, confesso, nunca me foram importantes. Este é um destes temas. Não sei se é um sentimento esquisito, mas acho que muitos com quem converso, que são da minha idade ou um pouco mais velhos, tem o tema como um companheiro invisivel, daqueles que a gente tem quanto está com 5 ou 6 anos de idade.
Se a reencarnação é fato e destino para toda humanidade, eu não sei, embora deva ser dito que como teoria para explicar a vida e a morte, a reencarnação tem a beleza de algo que não pode nem ser negado nem provado.
Assim como ninguém pode provar nem negar a existência de Deus. Ambas as possibilidades são belos artifícios de linguagem, pelos quais as pessoas se conduzem a um confortável estado de espírito. Acho que foi Oscar Niemeyer quem disse que "não acredito nele, mas se quando eu morrer, encontrar com ele lá do outro lado, vai ser uma puta surpresa!" Mas, quanto a mim incomoda, sim, e tento achar evidências para a comprovação ou não de qualquer teoria. Tudo o que posso dizer a respeito é que se vivi no passado não tenho lembrança alguma disto. Nunca tive os tais “dejavu” . Não me passa pela cabeça que DEUS, ou o COSMOS – no sentido de força maior e gestor da vida – tenha criado um monte de recordações para outros e me tivesse privado de umazinha somente. É, este tema é por demais controverso e eu como estou na idade de criar debates teológicos e filosóficos - os crio a todo momento, e por que não aqui, neste espaço? Não me eximo de fazê-lo agora.
Outro dia fui comentar sobre uma frasezinha que, pessoalmente, acho ridícula...(deixa pra lá...), mas a frase é “DEUS É FIEL”. Terrível, não é... quem será que criou esta redundância metafisica, psicodélica e embromática? Sim, por que partindo do principio que DEUS existe, se ele é DEUS, não há por que se pensar o contrário dele, não é... (deixa pra lá de novo). Quem sabe numa mesa de bar e regado a um “Jameson 12 anos” – não sem antes engolir uns dois comprimidos para segurar a pressão – eu complete meus “achos” e se os ânimos se exaltarem... que se fôda!
De toda sorte, penso que este tema da reencarnação está mais para o departamento do imaginário.
Qualquer fenômeno que seja objeto da reflexão do espírito, certamente será passível de explicações infinitas.
É por aí vamos longe...
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