Perco-me em meio a palavras divergentes...
ilusão, incerteza, incoerência
Preciso de algo que me afaste da realidade
Sonhar, só, não basta, não é suficiente
Preciso-te como um furacão precisa do vento;
Como uma catástrofe, precisa do imponderável;
Como o sangue procura o punhal;
Como a morte suplica à vida...
Não posso mais confiar em meus instintos...
A passividade impede-me de a abrir minhas vontades
É como se um nevoeiro, calmamente nublasse meus olhos
Ante uma nova estação que se apresenta.
Apesar do vento querer derrubar minha porta
E com alma acuada, talvez mude o meu caminho...
Ou talvez siga mais uma vez por estradas erradas
Na esperança de um dia voltar a encontrar-te...
Certo é que, quando a vir
Serei capaz de rastejar tão baixo, tão baixo...
Que nem sua mão esticada e suas costas arqueadas
Conseguirão alçar e erguer-me outra vez
Revelando-te minhas feridas ainda abertas....
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