sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Te Amo, bem mais que amo a mim

Faz parte, és mais do que eu em mim
Reparte, minha alma, meu coração
És minha alegria, meu sonho, és minha emoção
Tu és meu começo, meu meio, em mim não tens fim...

Tentei sim, não me envolver demais
Dizendo que um amor como este
Não poderia existir...
Mas mesmo ao tentar resistir,
Querida eu percebi
Tão fundo estás, que és parte de mim...

Sacrificar qualquer coisa, que eu tiver, seja lá o que for..
Pra ter seu amor só pra mim
Mesmo escutando uma voz a dizer pra eu ouvir:
”Que és um louco a mais, e um louco de tudo é capaz,
Ouça, tua mente é quem diz : acorde a razão que há em ti... “

E cada vez mais quando tento em vão te esquecer
Eu volto a lembrar:
Que tão fundo estás, que és parte de mim...

instrumental

Sacrificar qualquer coisa, que eu tiver, seja lá o que for..
Pra ter seu amor só pra mim
Mesmo escutando uma voz a dizer pra eu ouvir:
”Que és um louco a mais, e um louco de tudo é capaz,
Ouça, tua mente é quem diz : acorde a razão que há em ti... “


E cada vez mais quando tento em vão te esquecer
Eu volto a lembrar :
Que tão fundo estás, que és parte de mim,
Te Amo bem mais, bem mais que amo a mim,
And I´ve got you, under my skin...

Versão de "I´ve got you, under my skin" , musica de Cole Porter de 1936.
aqui executada (como me gusta), por Ivan Lins
http://www.youtube.com/watch?v=xjUNCT8fOeA

sábado, 8 de outubro de 2011

O Amor é Fogo

Rodrigo Guimarães Pena - 2005

Pedi ao Vento, ao Sol e ao Mar,

Que ajudassem conquistar

Seu coração só para mim...


De pronto, se deram à lida.


Num piscar, sem perder tempo,

Foi dizendo logo o Vento:

“Tenho resposta correta

Para atingir tão nobre meta

De um coração conquistar:

Mandarei buscar nas alturas,

O ar que faz manhãs mais puras,

E volta a Terra, o vou lançar.

Mas, não sem antes perfumá-lo

Com essências de floresta

E em lá chegar, pareça festa,

Acompanhado de mil flores

E do ofegar de mil amores...

E em caricias, qual cetim,

O juízo indiferente

Que habita inquieta mente,

Se veria tão cercado

De desejos, salpicado,

Que faria, certamente

Ela se apaixonar, pois sim !


“Nada disto, nada disto”,

Disse o Sol em fala forte :

“A maneira que conheço,

A que deve trazer sorte

E um coração pode afetar,

Manda meus raios tocarem

Da cabeça ao calcanhar...

E em tocando lhe enviarem

O calor que em mim faz lar,

E este amor de amante quente,

A faria, certamente,

Se apaixonar , enfim...”


“Um momento, um momento,

Não é fácil assim

Como flama o sol

Ou sopra o vento...

Permita-me (objetou o Mar com propriedade

De conhecedor das humanas veleidades ) :

“Evoco aqui a velha dita,

Difundida em minhas vagas

Que ao final vale a escrita

- difere como afagas...

E qualquer corpo, sabe bem...

Há em meus domínios, mais alem,

Mansidão nas marés calmas,

E as sereias flertam almas

De perdidos navegantes...

Onde gotas de salinas águas

Curam males dos amantes,

E transformam velhas magoas,

Perdulárias, torturantes

Em prazer antecipado

Como o beijo mais molhado,

Enviado a quem ressente,

E seu poder entorpecente

Traria assim, perdida a mente,

Um apaixonar por si, sem fim...”


Arrebatado com a surpresa

De rogada cortesia

Por instante pus-me em prantos,

e entre o choro agradecia

A toda aquela natureza

Ali disposta a me ajudar.


Mas, de repente surgiu o Fogo...

Me envolveu , como uma presa,

E em labaredas abriu o jogo

E pôs-se, aos brados, declarar:


“Atentai, pobre mortal,

Pois este dito é o teu final:

Estarás fadado ao fracasso,

Se eu ,o Fogo e o que faço,

Deste empreito me ausentar...

Não contemplarás sucesso

Nem haverá chance ou acesso

De outro fim poder criar...

Por mais que tentem impor

A tão bela criatura,

A paixão total, sem cura,

Que nasce ou vem do amor,

Se eu, o Fogo em pessoa,

E não me chamam Fogo a toa :

Sou criador de dores latentes,

Detentor de altas patentes,

Perpetuador do sentir doído,

Idealizador do ciúme antigo

Das crises de magoa e loucura,

Das insanas fomes de candura,

E representante por excelência

Da dor forjada em carência...

Se eu, não estiver nela presente,

No âmago deste ser descrente,

Então, ter-se-á, malogrado final,

Eu diria...

Quem sabe, linda ode ou poesia

De um amor platônico fatal,

Ou vulcão ardendo em noite fria

Lançando brisas qual mistral

Num oceano em calmaria...

E tu, guerreiro do amor, tenaz,

Originado e pretenso capataz

Das ações de morte ou vida,

Irás com o sol, em derradeiro brilho

Não passarás de tosco andarilho

A sofrer com perverso açoite,

Que virá com a escuridão da noite...

E não haverá auxilio ou guarida

Ou alguém, por piedade sentida,

Do teu rastro, de sofrido casto,

Encontre algum traço e persiga ..


Tenho dito.”

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Poema sobre Guimarães Rosa, classificado no concurso da SOBRAMES - Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores





O fio do SeuFulô, lá do Códesburgo...

Chico Pena

Meus amigo, ocêis num se alembra, pruquê ocêis tudo é mucho novo...

Mai foi num dia 27 de juin de mili-novicenz-e-ôto, dia de sábo, um sábo carqué,

pregunta o povo intero, sábo de arraiár, fuguete e buscapé...

Dia de forgá da lida, da peleja do trabaiadô...

Mai num pensava assim o meu Cumpadre, o SeuFulô... Pra ele, era inspeciár o dia.

Dia de cruzá os dêdo, daquêis de fazê vigia...

Lá de dento da mudesta moradia, vinha uns grito arto... Eita!! Arguém gemia...

Chiquitinha, sua muié, cumpanhêra de luta e fé, num insforço aderradêro,

(tá certo, foi num berrêro), mas sem ajuda deinfermêra, pariu com dor, de vezada,

depositando a barrigada, nos braço da fiér Partêra, (que chegô lá na sextafêra...

Deus-do-Céu, que trabaiêra!).

Té quinfim, pensô SeuFulô. Dos seus fio, o premero.

Na cama o risurtado inda chorava, quando o Fulô em repentino, adentrou os quarto, em pranto: mai deu sunriso largo, ao vê quiera menino:

-Vai se achamá João, cumpretô de supetão, assustando as cumadre que tava ali assistino a parição. E deu pro resurvido o pobrema.

...e de noite, lá no bar do Zé Muchiba, sem ligá pros das intriga, nem pros sordado da guarnição, bebeu tudo e gritou arto, pra alertar os forte ou fraco, que pudéss aparincê na região: -É Fio-home, é cabra-macho, saco-rôcho e pirocão...

E fez questão de dá pros santo, moiada da mió cachaça comprada nas banda do riberão:

-Que é pra assegurar distino, falô e tomô o resto da branca de arrancada...

Forte e branquélo era o rebento. Dozóio craro, risadatôa... Pesar dum pôco resmunguento, mamou logo nos petcho. Vida danada da boa.

E porpôco já corria, já brincava, gritava de dexá surdo,

no quintár ou casa adento, alegrando as vizinhança, na piquena Códesburgo.

Lá cresceu e sinstudô, até que da famia siapartô, e siamudô pra capitár, (pra ser dôtô, uai!!). E da vida levô sorte. O moço arto e forte, casô, virô doto (do mió porte), e escrivinhador das istóra do sertão. Mai isso eu conto adispôs...

Tutaméia, sô! Chega de proseá. Tô no atrazo. Eu e um cumpadre temo que carreá uns boi, e ele deva tá mesperando... Cês num viu puraí o Cumpadre Manerzão?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

.. produto da China que ainda não chegou ao Brasil... "Ex-diretor da China Mobile é condenado à morte por aceitar suborno".

Site Terra
31 de agosto de 2011 • 00h30 • atualizado às 01h18

Li Hua, ex-presidente da China Mobile na região de Sichuan, região sudoeste da China, foi condenado à morte - a pena pode ser comutada por cadeia perpétua - pelo Tribunal Popular da cidade de Panzhihua, informou a agência Xinhua nesta quarta-feira. Esta sentença, que habitualmente é trocada por cadeia perpétua se o acusado tiver bom comportamento nos dois anos seguintes, condena Li por aceitar subornos no valor de 16,48 milhões de iuanes (US$ 2,58 milhões) e tráfico de influência. O fato de o acusado ter se entregado e devolvido o dinheiro procedente dos subornos não serviu como atenuante.

Fontes da China Mobile consultadas pela agência EFE se recusaram a avaliar o caso de "um trabalhador que já não pertence à companhia e que, portanto, não conserva nenhum vínculo com a China Mobile".

Esta condenação se soma às do ex-subdiretor-geral da companhia, Zhang Chunjiang, e do também diretor Shi Wanzhong, condenados nos mesmos termos este ano.

Comentário : podem falar mal dos produtos da China, mas em algumas "tecnologias" eles são invejáveis...

sábado, 20 de agosto de 2011

Será que um dia seremos como os japoneses ?

Ruth de Aquino, ÉPOCA

O dinheiro e as barras de ouro estavam em cofres e carteiras de vítimas do tsunami no Japão. Em casas e empresas destruídas. Nas ruas, entre escombros e lixo. Ao todo, o equivalente a R$ 125 milhões. Dinheiro achado não tem dono. Certo?

Para centenas ou milhares de japoneses que entregaram o que encontraram à polícia, a máxima de sua vida é outra: não fico com o que não é meu. E em quem eles confiaram? Na polícia, que localizou as pessoas em abrigos ou na casa de parentes e já conseguiu devolver 96% do dinheiro.

A reportagem foi do correspondente da TV Globo na Ásia, Roberto Kovalick. A história encantou. “Você viu o que os japoneses fizeram?” Natural a surpresa. Num país como o Brasil, onde a verba destinada às inundações na serra do Rio de Janeiro vai para o bolso de prefeitos, secretários e empresários, em vez de ajudar as vítimas que perderam tudo, esse exemplo de cidadania parece um conto de fadas.

O que aconteceu em Teresópolis e Nova Friburgo não foi um mero e imoral desvio de dinheiro público. Foi covardia.

Político japonês não é santo. Mas digamos que, em alguns países, os valores da população são menos complacentes do que em nosso cordial patropi.

E a impunidade não é regra.

Em que instante a nossa malandragem deixa de ser folclórica e cultural e passa a ser crime de desonestidade?

Por que a lei de tirar vantagem em tudo está incrustada na mente de tantos brasileiros, a tal ponto que os honestos passam a ser otários porque o mundo seria dos espertos?

Será que um dia seremos todos japoneses?


terça-feira, 19 de julho de 2011

... e 32 anos se passaram...




Outro dia mesmo estávamos nervosos à beira do altar, com um padre mais nervoso que a gente. Falava sem parar. Disse a ele baixinho : se o senhor não acabar com isto agora eu vou embora e deixar o senhor falando sozinho.

Ele se apavorou mais ainda e terminou seu discurso, "sem pé nem cabeça" como me disse meu pai logo depois. Hoje entendo quando me dizem : "Vamos fazer uma cerimônia simples..."
Sinceramente não repetiria a dose. É um teatro com atores despreparados para atuar na peça.
De toda forma, ficam as lembranças e hoje os casos e os risos.
32 anos de muita luta. Não foi fácil chegar até aqui. E não há nada que nos prepare para esta aventura. Mas não há arrependimentos. Bem talvez haja em alguns momentos mas passam logo.
Agora filhos "quase criados" ( se é que isto exista) esperamos curtir um pouco a melhor idade.
A sabedoria é o balsamo para tudo e a melhor descoberta desta idade. Vamos aproveitá-la e fazer tudo que "dê na telha".
Tenho pensado em me candidatar a vereador, a dar aulas, a mudar para uma praia, escrever um livro, montar um negócio, aplicar na bolsa( nunca mexi com bolsa)... sei lá.
Mas parado não vou ficar.
Se tiver mais tempo vou aprontar alguma.
Saravá!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

...e mais fotos...

Os professores, doutores em Literatura que selecionaram os trabalhos.
Adicionar imagem

Mais fotos...

Nosotros.

Continuam as fotos...

No palco, nosotros, los agraciados de la noche.
A plateia, como sempre acontece nestas premiações, repleta. Tive noticia de longas filas e, para ser franco, algum tumulto, pois não foram todos que lograram entrar.

Chegaram as fotos da premiação do 2o. Concurso de Contos da FUMEC

Primeiro, o dono da casa.
O Magnifico Reitor da FUMEC, professor Antônio Loures discursa, enaltecendo a Literatura, os agraciados da noite e garantindo a perenidade do Concurso nos anos vindouros.