te detesto...
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te amo...
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e por
isto não mencionei como
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as vezes eu digo que
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(talvez, por falta de tempo)
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(e não deveria dizer),
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enlouqueço ao ver que
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simplesmente,
desejar maltrata, e
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me abomina muito
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a dependência que sufoca e
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saber que pensar em ti
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me faz temer deixar-te, então
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é pensamento vazio.
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desprezo-me. sei que o
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viver sem ti seria como
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reverso, só me traz
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a utopia,
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o caos,
por
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um doce e indizível prazer de,
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não poder te ver.
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um simples sonhar,
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me traz uma saudade imensa
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mesmo sentindo em mim
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a começar, tanta dor e angústia,
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desta vez,
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como se naturais fossem e, que
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as tonturas e náuseas que
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sentidas profundamente
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me invadem
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confundem
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provando, tornando evidente
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meu disfarce
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de modo manifesto,
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impossível, de amor por ti, e
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se mais e mais te detesto,
cada vez,
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por não estares aqui,
então
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mais e mais, insano, eu afirmo,
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atesto, por fim, ambiguamente,
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te
amo...
|
te
detesto...
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“Nos demais, todo mundo sabe, o coração tem moradia certa, fica bem aqui no meio do peito, mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração”. Maiakovski, 1923
terça-feira, 22 de maio de 2012
Dúbio - em tres poemas
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