quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Submissão...


Qual poliglota
Em várias línguas
Em finos tratos
Seduz aos saltos
E atrai-se à mingua

Armando a sina
Se faz, incauto,
Se finge casto,
Posa de fausto
Emposta a crina...

Se o corpo atina,
Assalta em falso
Esvai-se em versos
Maltrata rimas

Externa a voz
Em farsa e esmero
No afago arteiro
Do amar sem pós

Paira e flutua...


Apraz-se em bocas
Mãos minhas, suas,
No sexo, loucas,

Envolve-o inteiro,
Por cio, amparas
Nas coxas nuas
Nas parcas roupas
Nas peças, poucas
Salpicam gotas
Nas fendas cruas

Em bentas taras
As prendas postas
Nas cavas, fossas
Nas poças fundas,
Invade e apossa
E o abraço freme,

A femea estreme...
No espasmo, o cume...
O corpo geme,
O gozo é morte,
E o rico sêmem,
Avança à sorte,
Surfando onda,
Cevando impune...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário aguardará o moderador para ser publicado.