Qual
poliglota
Em
várias línguas
Em
finos tratos
Seduz
aos saltos
E atrai-se
à mingua
Armando a sina
Se faz, incauto,
Se
finge casto,
Posa de fausto
Emposta a crina...
Se o corpo atina,
Emposta a crina...
Se o corpo atina,
Assalta
em falso
Esvai-se
em versos
Maltrata rimas
Maltrata rimas
Externa a voz
Em
farsa e esmero
No
afago arteiro
Do
amar sem pós
Paira e flutua...
Apraz-se em bocas
Mãos
minhas, suas,
No
sexo, loucas,
Envolve-o inteiro,
Por
cio, amparas
Nas
coxas nuas
Nas
parcas roupas
Nas
peças, poucas
Salpicam
gotas
Nas fendas cruas
Em bentas taras
Em bentas taras
As
prendas postas
Nas
cavas, fossas
Nas
poças fundas,
Invade e
apossa
E o
abraço freme,
A
femea estreme...
No
espasmo, o cume...
O
corpo geme,
O
gozo é morte,
E
o rico sêmem,
Avança à sorte,
Surfando onda,
Cevando impune...
Cevando impune...
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