Somos aqueles, os
pessimistas,
alimentados por sombras de tragédias possíveis
e plausíveis, inventadas pelos
esqueletos do medo
guardados em
armários carcomidos pelo tempo,
ou assustados por
ausências repentinas e
arrestados pelos
arrependimentos tardios ?
Ou seremos então só
restos esquálidos,
irmãos dividindo a mortalha curta
que nos revela inúteis, imprestáveis,
que nos revela inúteis, imprestáveis,
à medida que
cumprimos nossa jornada previsível,
inodora e insossa ?
Ou somos aqueles que
se servem da razão dos covardes
para emitir murmúrios,
para emitir murmúrios,
uns poucos pios
submissos
bradados pelos que
disputam a piedade alheia
e as migalhas caídas
da mesa ?
Ou seremos aqueles
que sucumbem
aos olhares de escárnio
daqueles poucos
que nos ensurdecem
aos gritos de:
Se assim for, a
culpa é nossa
só nossa, homens
ocos,
que crescem parindo
um silêncio
que nos acompanhará
pela eternidade !
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