Em um reino distante, o Mestre-mor, filosofo e guardião da verdade, grande curandeiro, agonizava em seu leito de morte.
À volta do leito, o Rei, a Rainha, príncipes e princesas, Duques, Condes e Barões esperavam seu último suspiro.
O Rei, o mais próximo à cabeceira, se acerca do Mestre e o questiona:
-Mestre, agora que estás próximo de cumprir teu destino, aqui entre nós, poderia nos deixar com a verdade suprema:
qual o sentido da vida?
Todos olharam com semblante tenso e olhar fixo naquele rosto magro, cabelos ralos, que respirava com dificuldade.O Mestre, vagarosamente, abriu os olhos e com ar sublime sussurrou:
"a vida é como uma xícara de chá."
Um "OH!!!" ecoou no grande cômodo.Um serviçal que atendia ao mestre em suas necessidades últimas, saiu da sala e sussurrou para um outro serviçal e este para o outro, e assim, logo todo reino repetia, assentindo:
a vida como é uma xícara de chá;
Até que, em um ponto longínquo, um cidadão, descompromissado e corajoso, ousou perguntar:-Mas por que a vida é como uma xícara de chá?
Como veio a assertiva voltou a dúvida. Rápida. Até chegar aos ouvidos do Rei, que seus súditos questionavam a afirmação do Mestre.Muito a contragosto, o Rei se aproximou novamente da cabeceira do leito e quase em tom de súplica, temeroso, perguntou ao Mestre, que já se encontrava em seus estertores:
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