Ávido
Verá
música em meu seguir...
Me
fiz assim, como saída
Pra
romper muros, resistir
Pus
nas letras meus enganos,
Meus
afetos, meus receios,
Melodias,
gritos roucos,
Dancei
choro e desesperos,
Pra
tirar você de mim
Um
dia ainda me lembro,
Quis
você na primavera
Fiz-me
leve, era setembro
Como
leve em um soneto
Fiz-me
breve, fui “prometo”,
Fiz
de tudo pra dar certo
Foi sonho
meu,
Ter
seu afeto...
Ser
o sonho mais sonhado,
Ser
o ente mais querido,
Tu
serias a rainha e
Eu
um servo apaixonado,
Minha
vida o teu reinado,
E
a vida, assim, fazer sentido...
Aqui
estou, me vejo agora,
Livre,
sem laço...
Quem
me vê, não mais a vê,
Junto
a meu braço,
Quer
me quer,
Quer
carinho e meu abraço...
Quem
me ajuda a dar um passo
Pra
mudar a minha sorte?
Vou
querer qualquer suporte,
Pra
deixar toda esta fossa,
E
partir, buscar meu norte...
Ouvir a
música do espaço,
Triar
a tristeza do mundo,
Ser verdade no que faço
Ser verdade no que faço
E a beleza por prazer, por se ter paz
De
saber que não te ter junto a meu braço
É
somente um passo a mais,
Um passo a frente,
Se ontem fiz-me qual demente
E fui ator em fato trágico
E fui ator em fato trágico
Hoje
atuo como mágico,
Que
a ilusão de si, desprende...
Importa mais curtir meu ócio,
E
ser do amor o amante incerto,
Ao invés de ser oculto sócio,
Ao invés de ser oculto sócio,
Num despertar ávido, inquieto,
Buscando alguém que me transcende...
Buscando alguém que me transcende...
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