quarta-feira, 31 de agosto de 2011

.. produto da China que ainda não chegou ao Brasil... "Ex-diretor da China Mobile é condenado à morte por aceitar suborno".

Site Terra
31 de agosto de 2011 • 00h30 • atualizado às 01h18

Li Hua, ex-presidente da China Mobile na região de Sichuan, região sudoeste da China, foi condenado à morte - a pena pode ser comutada por cadeia perpétua - pelo Tribunal Popular da cidade de Panzhihua, informou a agência Xinhua nesta quarta-feira. Esta sentença, que habitualmente é trocada por cadeia perpétua se o acusado tiver bom comportamento nos dois anos seguintes, condena Li por aceitar subornos no valor de 16,48 milhões de iuanes (US$ 2,58 milhões) e tráfico de influência. O fato de o acusado ter se entregado e devolvido o dinheiro procedente dos subornos não serviu como atenuante.

Fontes da China Mobile consultadas pela agência EFE se recusaram a avaliar o caso de "um trabalhador que já não pertence à companhia e que, portanto, não conserva nenhum vínculo com a China Mobile".

Esta condenação se soma às do ex-subdiretor-geral da companhia, Zhang Chunjiang, e do também diretor Shi Wanzhong, condenados nos mesmos termos este ano.

Comentário : podem falar mal dos produtos da China, mas em algumas "tecnologias" eles são invejáveis...

sábado, 20 de agosto de 2011

Será que um dia seremos como os japoneses ?

Ruth de Aquino, ÉPOCA

O dinheiro e as barras de ouro estavam em cofres e carteiras de vítimas do tsunami no Japão. Em casas e empresas destruídas. Nas ruas, entre escombros e lixo. Ao todo, o equivalente a R$ 125 milhões. Dinheiro achado não tem dono. Certo?

Para centenas ou milhares de japoneses que entregaram o que encontraram à polícia, a máxima de sua vida é outra: não fico com o que não é meu. E em quem eles confiaram? Na polícia, que localizou as pessoas em abrigos ou na casa de parentes e já conseguiu devolver 96% do dinheiro.

A reportagem foi do correspondente da TV Globo na Ásia, Roberto Kovalick. A história encantou. “Você viu o que os japoneses fizeram?” Natural a surpresa. Num país como o Brasil, onde a verba destinada às inundações na serra do Rio de Janeiro vai para o bolso de prefeitos, secretários e empresários, em vez de ajudar as vítimas que perderam tudo, esse exemplo de cidadania parece um conto de fadas.

O que aconteceu em Teresópolis e Nova Friburgo não foi um mero e imoral desvio de dinheiro público. Foi covardia.

Político japonês não é santo. Mas digamos que, em alguns países, os valores da população são menos complacentes do que em nosso cordial patropi.

E a impunidade não é regra.

Em que instante a nossa malandragem deixa de ser folclórica e cultural e passa a ser crime de desonestidade?

Por que a lei de tirar vantagem em tudo está incrustada na mente de tantos brasileiros, a tal ponto que os honestos passam a ser otários porque o mundo seria dos espertos?

Será que um dia seremos todos japoneses?