domingo, 27 de janeiro de 2013

Mais uma tragédia anunciada...


ATÉ QUANDO SUPORTAREMOS SEM FAZER NADA?
QUE SOCIEDADE É ESTA QUE VÊ SEUS FILHOS MORRENDO PELA OMISSÃO, INCOMPETÊNCIA, GANÃNCIA DAQUELES QUE RECEBEM NOSSO DINHEIRO PARA NOS DAR CONFORTO, SEGURANÇA E BEM-ESTAR, E CHORA, E REZA, E... MAIS NADA?
POR QUE TEMOS DINHEIRO PARA TROCAR FROTAS DE CARROS OFICIAIS E NÃO TEMOS DINEHRO PARA COMPRAR MEDICAMENTOS?
TEMOS DINHEIRO PARA FAZER COPA DO MUNDO, OLIMPIADA MAS NÃO REFAZEMOS ESTRADAS, FERROVIAS, AEROPORTOS, MORADIAS?

"PANNIS ET CIRCENCIS"  (COMIDA E DIVERSÃO) :  CONSELHO DADO PELO SENADO ROMANO AO IMPERADOR NERO PARA EVITAR A REVOLTA POPULAR, E ELE ASSIM O FEZ. TRADUZINDO PARA NOSSO TEMPO: "BOLSA FAMILIA E FUTEBOL". EU ACRESCENTARIA A CACHAÇA, MUITA CACHAÇA.

EU COM DOIS FILHOS DE 27 E 29 ANOS PENSO QUE SE MORASSE EM SANTA MARIA, CERTAMENTE OS DOIS ESTARIAM NA FESTA.

NESTE DETALHE EU TENHO INVEJA DA CHINA. CORRUPTOS E INCOMPETENTES QUE CAUSAM ESTE TIPO DE TRAGÉDIA, LÁ SÃO PREMIADOS COM UMA BALA NA NUCA. E A FAMILIA AINDA PAGA A BALA.

PENSEM BEM : QUANDO FOI QUE UMA TRAGÉDIA NO BRASIL APRESENTOU CULPADOS E SE APRESENTOU, QUANDO FORAM PRESOS? NUNCA.

SABEM DE UMA COISA? NOS MERECEMOS POIS SOMOS OMISSOS, NÃO FAZEMOS NADA.

ESPEREM EM VÃO POR PUNIÇÕES.
- NINGUEM DA PREFEITURA - REPONSÁVEL PELO ALVARÁ - VAI SER PUNIDO; 
- NINGUEM DOS BOMBEIROS - REPONSÁVEIS PELA FISCALIZAÇÃO - VAI SER PUNIDO.  - NENHUM DOS PROPRIETÁRIOS, NENHUM DOS SEGURANÇAS, NENHUM DOS PARTICIPANTES DA BANDA, VAI SER PUNIDO.

QUEM FOI PUNIDO, FOI PUNIDO POR SER JOVEM, CONFIANTE, CRENTE QUE TEMOS PAIS, NAÇÃO, GOVERNOS, QUALQUER GOVERNO QUE GOVERNE - EM TODOS OS NÍVEIS .
OS QUE VÃO SER PUNIDOS JÁ RECEBERAM SUA PUNIÇÃO.
MORTOS, FERIDOS E SUAS FAMILIAS DESGRAÇADAS.

"QUEM ENTENDE OS DESÍGNIOS DE DEUS, MEU FILHO" - RESPOSTA DO ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO AO SER QUESTIONADO PELO REPORTER.
É DEMAIS, NÃO É...

O RESTO, AS PROVIDÊNCIAS,  SÃO COMISSÕES DE INQUÉRITO MANIPULADAS, INVESTIGAÇÃO CRITERIOSA PARA NÃO SE CHEGAR ALUGAR NENHUM, REPORTAGENS AO VIVO - ENQUANTO A AUDIÊNCIA FOR GARANTIDA - E DEPOIS ALGUMAS NOTICIAS ESPORÁDICAS, POIS JÁ HAVERÃO OUTRAS TRAGÉDIAS PARA SEREM COBERTAS PELO JORNALISMO DE RESULTADO.

QUE MANHÃ NOJENTA, ESTA DO DIA 27 DE JANEIRO, NO BRASIL...



domingo, 20 de janeiro de 2013

A doença e a cura

 

Se um dia desses, sem notar, sem fazer conta
Reparasse em alguém, além da monta,
Que o teu valente coração, forjado em aço
Se abobasse e derretesse ao calor de um terno abraço ?

Se um dia desses, sem notar, sem fazer conta
Reparasse em alguém, além da monta,
Que o teu olhar, o teu semblante, entre arredio e vacilante,
Ganhasse brilho, em breve instante, ao olhar um outro olhar, alienante?

Se um dia desses, sem notar, sem fazer conta
Reparasse em alguém, além da monta,
Que a razão dos teus receios, perdesse cor, ganhasse alheios,
E nos embalos de teus sonhos, tão inflados de desejos,
A presença deste alguém, junto a pares mais medonhos,
Te fizesse perder senso e o levasse a roubar beijos?

E se tudo aquilo que disseste,
Perdesse encanto,
Faltasse em prece,
Ao antever, em longo pranto,
O sofrer a alguém que trouxe amor em alguém que lho padece?

E se o cansaço desta louca solidão,
Trocasse o exílio angustiado de seu pobre coração
Pela presença insinuante, aveludada e atenuante,
De um carinho feito à mão?

Se assim estás, e ages qual um abestalhado,
M
eu amigo, não é mal ou coisa impura!
Não adianta acender velas ou aconselhar-se às escrituras,
Pois o mal que a mim confessas, carrega em si a própria cura,
E como amigo e confidente, te digo, sem mais conjecturas:
Estás, perdida a mente, apaixonado...


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Zuccherino Dolce (Doce Açucarado) de Raphael Gualazzi

 
Degustem este Zuccherino Dolce,
ou Doce Açucarado,
do fantástico Raphael Gualazzi
 
 
Tela Grande e muito som... (vejam que piano !)

E a letra :

Pina Colada Pina Capirinha
ciao ciao, Piccolinha
me ne vado da qui, col tram.
E' notte, fredda c'è la neve
che grande impresa questo vieni e vai.
Sto in piedi, forse resto in piedi, resto aggrappato ai vetri, non ci crederai.
Se vuoi volar con me dentro nel sol, preparati a intonare il mio Bemol,
sei donna ormai rodata tutti i tram,
mi piace la tua lingua ed il tuo slam,
non ti do, cara mia, 34 anni dolce,
zuccherino dolce, tu m'hai deluso e vado via da te.
E togliti il cappotto di Rattan, lo vedi che già siamo a carneval, e il nuoto riponeva dentro il mar, con capirinha che mi fa volar
solo io, solo tu, solo non ti amo
dolce, zuccherino dolce, tu m'hai deluso e vado via da te.
Poi Daisy affilò dentro all'amor
la lama più sottile per il cuor
e piansero gli amanti nel morir
rimango solo per poi revivir
solo io, solo tu, solo non ti amo
Daisy, sweetest little Daisy
grido il tuo nome e tu te ne vai,
Daisy, sweetest little Daisy
grido il tuo nome e tu te ne vai,
Dolce, zuccherino dolce
grido il tuo nome e tu te ne vai,
Dolce, zuccherino dolce
grido il tuo nome e tu te ne vai

sábado, 5 de janeiro de 2013

A explicação necessária...


Postei, pois achei fundamental para o entendimento da realidade brasileira, em relação às incongruências, aos malfeitos, às reações exacerbadas, às falsas (legítimas no entender do protagonista) indignações, à forma de governar um país. É simples apesar de parecer que não.
O texto é um pouco longo mas, volto a dizer, necessário...      
 
Uma das experiências mais perturbadoras que tive na vida foi a de perceber, de novo e de novo ao longo dos anos, o quanto é impossível falar ao coração, à consciência profunda de indivíduos que trocaram sua personalidade genuína por um estereótipo grupal ou ideológico.

Diga você o que disser, mostre-lhes mesmo as realidades mais óbvias e gritantes, nada os toca. Só enxergam o que querem. Perderam a flexibilidade da inteligência. Trocaram-na por um sistema fixo de emoções repetitivas, acionadas por um reflexo insano de autodefesa grupal.

No começo não é bem uma troca. O estereótipo é adotado como um revestimento, um sinal de identidade, uma senha que facilita a integração do sujeito num grupo social e, libertando-o do seu isolamento, faz com que ele se sinta até mais humano. Depois a progressiva identificação com os valores e objetivos do grupo vai substituindo as percepções diretas e os sentimentos originários por uma imitação esquemática das condutas e trejeitos mentais do grupo, até que a individualidade concreta, com todo o seu mistério irredutível, desapareça sob a máscara da identidade coletiva.

Essa transformação torna-se praticamente inevitável quando a unidade do grupo tem uma forte base emocional, como acontece em todos os movimentos fundados num sentimento de “exclusão”, “discriminação” e similares.
Não me refiro, é claro, aos casos efetivos de perseguição política, racial ou religiosa. A simples reação a um estado de coisas objetivamente perigoso não implica nenhuma deformação da personalidade. Ao contrário: quanto mais exageradas e irrealistas são as queixas grupais, tanto mais facilmente elas fornecem ao militante um “Ersatz”(SUBSTITUTO, POREM DE QUALIDADE INFERIOR AO ORIGINAL) de identidade pessoal, precisamente porque não têm outra substância exceto a ênfase mesma do discurso que as veicula.

À dessensibilização da consciência profunda corresponde, em contrapartida, uma hipersensibilização de superfície, uma suscetibilidade postiça, uma predisposição a sentir-se ofendido ou ameaçado por qualquer coisinha que se oponha à vontade do grupo.

No curso desse processo, é inevitável que o amortecimento da consciência individual traga consigo o decréscimo da inteligência intuitiva. As capacidades intelectuais menores, puramente instrumentais, como o raciocínio lógico verbal ou matemático, podem permanecer intactas, mas o núcleo vivo da inteligência, que é a capacidade de apreender num relance o sentido da experiência direta, sai completamente arruinada, às vezes para sempre.

A partir daí, qualquer tentativa de apelar ao testemunho interior dessas pessoas está condenada ao fracasso. A experiência que elas têm das situações vividas tornou-se opaca, encoberta sob densas camadas de interpretações artificiais cujo poder de expressar as paixões grupais serve como um sucedâneo, hipnoticamente convincente, da percepção direta.

O indivíduo “sente” que está expressando a realidade direta quando seu discurso coincide com as emoções padronizadas do grupo, com os desejos, temores, preconceitos e ódios que constituem o ponto de intersecção, o lugar geométrico da unidade grupal.

O mais cruel de tudo é que, como esse processo acompanha “pari passu” o progresso do indivíduo no domínio da linguagem grupal, são justamente os mais lesados na sua inteligência intuitiva que acabam se destacando aos olhos de seus pares e se tornando os líderes do grupo.

Um grau elevado de imbecilidade moral coincide aí com a perfeita representatividade que faz do indivíduo o porta-voz por excelência dos interesses do grupo e, na mesma medida, o reveste de uma aura de qualidades morais e intelectuais perfeitamente fictícias.

Não conheço um só líder esquerdista, petista, gayzista, africanista ou feminista que não corresponda ponto por ponto a essa descrição, que corresponde por sua vez ao quadro clássico da histeria.

O histérico não sente o que percebe, mas o que imagina. Quando o orador gayzista aponta a presença de cento e poucos homossexuais entre cinquenta mil vítimas de homicídios como prova de que há uma epidemia de violência anti-gay no Brasil, é evidente que o seu senso natural das proporções foi substituído pelo hiperbolismo retórico do discurso grupal que, no teatro da sua mente, vale como reação genuína à experiência direta.

Quando a esposa americana, armada de instrumentos legais para destruir a vida do marido em cinco minutos, continua se queixando de discriminação da mulher, ela evidentemente não sente a sua situação real, mas o drama imaginário consagrado pelo discurso feminista.

Quando o presidente mais mimado e blindado da nossa História choraminga que levou mais chicotadas do que Jesus Cristo, ele literalmente não se enxerga: enxerga um personagem de fantasia criado pela propaganda partidária, e acredita que esse personagem é ele. Todas essas pessoas são histéricas no sentido mais exato e técnico do termo. E se não sentem nem a realidade da sua situação pessoal imediata, como poderiam ser sensíveis ao apelo de uma verdade que não chega a eles por via direta, e sim pelas palavras de alguém que temem, que odeiam, e que só conseguem enxergar como um inimigo a ser destruído?

A raiz de todo diálogo é a desenvoltura da imaginação que transita livremente entre perspectivas opostas, como a de um espectador de teatro que sente, como se fossem suas, as emoções de cada um dos personagens em conflito. Essa é também a base do amor ao próximo e de toda convivência civilizada.

A presença de um grande número de histéricos nos altos postos de uma sociedade é garantia de deterioração de todas as relações humanas, de proliferação incontrolável da mentira, da desonestidade e do crime.
 
Artigo de Olavo de Carvalho (Diário do Comércio)
 

 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Verborragiar


Verborragiar
 

Expressar-se em lauda, ao verborrágio

E sem ater-se a tal, verborragiar,

Causa-me espécie, fico pasmo,

 

Pois quando in verbis, avança a estágio

Do abundar-se dele, mais do que deve,

Leva o escriba-autor, e que se atreve,

Jactar-se culto, enquanto asno...