terça-feira, 24 de abril de 2012

Restos de mim

Perco-me em meio a palavras divergentes... ilusão, incerteza, incoerência 
Preciso de algo que me afaste da realidade 
Sonhar, só, não basta, não é suficiente 
Preciso-te como um furacão precisa do vento;
Como uma catástrofe, precisa do imponderável; 
Como o sangue procura o punhal; 
Como a morte suplica à vida...
Não posso mais confiar em meus instintos... 
A passividade impede-me de a abrir minhas vontades 
É como se um nevoeiro, calmamente nublasse meus olhos 
Ante uma nova estação que se apresenta. 
Apesar do vento querer derrubar minha porta 
E com alma acuada, talvez mude o meu caminho... 
Ou talvez siga mais uma vez por estradas erradas 
Na esperança de um dia voltar a encontrar-te... 
Certo é que, quando a vir 
Serei capaz de rastejar tão baixo, tão baixo... 
Que nem sua mão esticada e suas costas arqueadas 
Conseguirão alçar e erguer-me outra vez
 Revelando-te minhas feridas ainda abertas....

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